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Celulite: o que é, causas, como tratar e prevenir

Você já ouviu falar em lipodistrofia ginoide?

Não?

E que tal se usarmos o termo celulite?

Exatamente!

A temida e praticamente onipresente celulite, também conhecida cientificamente como lipodistrofia ginoide, é o assunto do nosso texto.

Que atire a primeira pedra a mulher que nunca teve preocupações com ela.

A famosa pele em “casca de laranja” acompanha e testa a autoestima da mulherada.

Você vai encontrar nessa leitura aspectos essenciais sobre a celulite: o que é, quais suas causas, como prevenir, tratá-la e ainda descobrir como o PMMA pode te auxiliar nisso.

Procuramos embasar as informações aqui disponibilizadas na literatura científica, apesar de não haver consenso a respeito da temática.

Com isso, esperamos tornar mais fácil a compreensão do que é de fato a celulite.

Boa leitura!

DESCUBRA NA LEITURA DESSE TEXTO

  • Celulite, o que é afinal?
  • E qual o motivo de algumas áreas do corpo serem mais acometidas que outras?
  • Quais são as causas da celulite?
  • Quais são os tipos de celulite?
  • Quais tratamentos existem para a celulite?
  • Qual a relação do PMMA com a celulite?
  • Como prevenir o aparecimento da celulite?

Celulite, o que é afinal?

Celulite, também conhecida na ciência como lipodistrofia ginoide ou paniculopatia edematosa fibroesclerótica, é de forma resumida uma consequência da alteração no padrão de distribuição do tecido adiposo no corpo.

Dessa forma, essa deposição de gordura e tecido fibroso causa ondulações na pele.

Antes de tudo, é importante ressaltar que ela costuma atingir um grande percentual (cerca de 90%) de pacientes pós-puberdade, especialmente as de origem caucasiana (SBCD-Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica).

E não adianta.

Cedo ou tarde um elevado número de mulheres terá de lidar com algum grau dela.

Vale lembrar que a obesidade/sobrepeso não é pré-requisito para ter celulite, apesar de estarem diretamente relacionados, tanto é verdade que há várias pacientes magras com lipodistrofia ginoide.

É válido registrar também que a famosa e temida pele com “furinhos” pode ter a provável origem do acúmulo de líquidos, gordura e toxinas nas células, conforme será explicado logo adiante.

Além disso, em relação à terminologia, as pessoas consagraram o termo celulite para definir a condição caracterizada pelo aspecto ondulado, de “casca de laranja” apresentado por alguns pacientes.

Não é o termo mais adequado do ponto de vista científico, pois há na dermatologia uma infecção do subcutâneo denominada celulite estreptocócica que nada tem a ver com a lipodistrofia ginoide.

A celulite dita “estética” não é doença como a estreptocócica, mas sim uma alteração normal do tecido subcutâneo principalmente em mulheres, que incomoda a autoestima de alguns pacientes.

Para fins deste texto, toda vez que utilizarmos o termo celulite, estaremos nos referindo à celulite “estética”, conhecida por todos.

E qual o motivo de algumas áreas do corpo serem mais acometidas que outras?

Uma possível explicação seria o estrógeno.

O chamado formato ginoide de deposição de gordura no corpo da mulher, orientado pelo hormônio feminino estrogênio, pode ter uma parcela de culpa nesse processo.

Dessa forma, áreas corporais que estão sob influência estrogênica acentuada como quadris, coxas e glúteos tendem a sofrer mais com a celulite.

Em menor proporção, outras áreas como parte das mamas, abdome, braços e nuca também podem ser acometidas.

Feita uma introdução a respeito do tema celulite, que tal partirmos para a possíveis causas dela?

Quais são as causas da celulite?

A ciência já há algum tempo estuda as possíveis causas da celulite, entretanto, não há um consenso a respeito delas.

Diante disso, trouxemos aquilo que se considera mais provável aos olhos da literatura posta a respeito dessas possíveis causas.

Como já exposto anteriormente, a lipodistrofia ginoide é a consequência de uma alteração na deposição de gordura em partes específicas do corpo.

Não se sabe, exatamente, o que desencadeia essa alterações, mas há fortes indícios que os seguintes fatores possam colaborar:

  • Hereditariedade: relacionada à evolução para os graus mais severos de celulite
  • Causas microcirculatórias: mudanças no padrão de irrigação sanguínea podem promover alterações no tecido adiposo
  • Fatores hormonais: principalmente a relação com o estrogênio já apontada.
  • Fatores inflamatórios crônicos: dificultam o processo do corpo em se livrar das toxinas.
  • Alimentação disfuncional: O ideal é sempre escolher uma alimentação livre de produtos que levem açúcares, gorduras hidrogenadas e sal como frituras, doces, sorvetes, refrigerantes, biscoitos recheados, pães e congelados.

O motivo?

A maior parte desses produtos promove retenção de líquidos e acúmulos de toxinas nos tecidos, o que colabora com o processo de inflamação crônica.

Redução de Colágeno

A baixa na produção de colágeno, um processo natural, faz com que a pele atinja um aspecto mais flácido.

Esse fato, somado ao acúmulo de gordura típica da lipodistrofia, colabora com o aparecimento das celulites.

Desidratação

Todos sabemos que a água exerce o importante papel de eliminar toxinas do organismo.

Assim sendo, quanto mais água ingerimos, mais “limpamos” nosso corpo das substâncias tóxicas indesejadas.

Essas mesmas substâncias auxiliam no desenvolvimento da lipodistrofia ginoide.

Além disso, a desidratação acaba por deixar a pele mais fina e frágil.

E a consequência óbvia disso?

Quanto mais fina a pele, mais visíveis ficam as células de gordura, colaborando com o aspecto de “casca de laranja”.

Cigarro

Que o cigarro é rico em toxinas é outro fator que não se discute, correto?

Assim sendo, as células acabam acumulando ainda mais dessas substâncias o que piora gradativamente os quadros de celulite.

A nicotina ainda reduz o fluxo sanguíneo e produção de colágeno, fazendo com que os tecidos se danifiquem facilmente e fiquem mais propensos à celulite.

Álcool

O álcool é uma bebida que também é composta por toxinas.

Ele consegue reduzir as reservas de vitaminas e minerais como vitamina C, zinco e cálcio.

Quando esses nutrientes estão baixos no organismo, a produção de colágeno é afetada, assim como a circulação sanguínea, levando menos oxigênio e nutrientes para a célula.

Ainda existem diversos outros fatores supostamente relacionados com o aparecimento da celulite, quais sejam:

Gravidez, estresse, uso de contraceptivos hormonais, idade (mais avançada, mais risco).

Quais são os tipos de celulite?

Classificar a celulite também é algo com mais de uma resposta.

Basicamente possuímos duas escalas de classificação, respeitadas as ressalvas de cada uma delas:

A) De Nüremberger e Müller

Nela os graus de celulite são definidos por meio de uma escala mais qualitativa, variada conforme a apresentação clínica do paciente:

  • Grau 1: sem ondulações ou irregularidades. Ao comprimir a pele, surgem pequenas ondulações e “furinhos”
  • Grau 2: ondulações e “furinhos” já são percebidos sem comprimir a pele.
  • Grau 3: presença de nódulos claramente perceptíveis.
  • Grau 4: vários nódulos, celulite “dura”. Há inchaço, comprometimento da circulação sanguínea de retorno, pele com aspecto acolchoado.

Importante ressaltar que os graus não são estáticos.

Isso quer dizer que um paciente sem tratamento pode ver a celulite evoluir do grau 1 para o grau 2 e assim sucessivamente.

Atenção para isso!

B) De Hexel

A escala de Hexel procurou tornar a classificação da celulite mais objetiva, com o uso de escalas fotonuméricas.

O que seria isso?

Seria uma escala composta de 5 variáveis cuja soma final da pontuação classifica o paciente em uma das 3 categorias de gravidade para a celulite:

  • Leve (1-5 pontos)
  • Moderada (6-10 pontos)
  • Grave (11-15 pontos)

As 5 variáveis analisadas seriam:

  • A- Número de depressões evidentes
  • B- Profundidade das depressões visíveis
  • C- Aparência morfológica das alterações de superfície da pele
  • D- Grau de flacidez ou frouxidão cutânea
  • E- Classificação da escala de Nüremberger e Müller

A definição de qual escala será utilizada para enquadramento do caso clínico do paciente e direcionamento do tratamento caberá ao médico assistente.

Portanto, lembre-se sempre de consultar um profissional de sua confiança!

De fato, em relação aos sintomas, nos casos iniciais não costumam aparecer.

Contudo, em graus mais avançados a celulite pode causar até dor, pois ela promove a compressão de terminações nervosas locais, comprometendo a qualidade de vida.

Entre a sintomatologia dos casos mais avançados podemos ter:

  • Região mais fria
  • Endurecimento, dor e sensibilidade
  • Presença de nodulações
  • Pele com aspecto muito irregular.

Enfim, feita a apresentação da classificação clínica e os principais sintomas, que tal irmos para a parte que mais gera dúvidas:

Afinal, existe tratamento eficaz para a celulite?

Freepik, 2023.

Quais tratamentos existem para celulite?

Antes de tudo é preciso ressaltarmos: não existe tratamento milagroso para a celulite.

Você não irá se livrar dos “furinhos” indesejados da noite para o dia com receitas milagrosas.

Hoje existem diversos tratamentos prometendo resultados extraordinários, mas sem comprovação científica.

Cuidado sempre que for buscar orientação e tratamento para a lipodistrofia ginoide, pois, tratamentos revolucionários que prometem acabar com a celulite de um dia para o outro infelizmente ainda não existem!

Do mesmo modo, como ainda não há consenso sobre o entendimento exato dos mecanismos ocasionadores da celulite, há no mercado milhares de tratamentos sem eficácia ou embasamento científico.

Além disso, muitos procedimentos apresentam até alguma melhora imediata, mas sem efeitos no médio e longo prazo.

Ou seja, uma vez suspenso o tratamento, a celulite volta a aparecer.

De forma mais geral, entre os procedimentos mais conhecidos pelas pessoas destacam-se:

  • Massagens como a drenagem linfática
  • Utilização de laser e luz intensa pulsada (LIP)
  • Radiação Infravermelha
  • Radiofrequência
  • Ondas de choque, ondas acústicas e ultrassom focado
  • Ácido poliláctico
  • Subcisão: técnica cirúrgica invasiva em que, com uma agulha introduzida no tecido subcutâneo, faz-se movimentos paralelos à superfície cutânea objetivando romper as traves de tecido fibroso
  • Carboxiterapia: tratamento não-cirúrgico que consiste na aplicação terapêutica do CO2(dióxido de carbono), em estado gasoso e estéril, através de uma agulha fina e delicada, via subcutânea.

Observação: não estamos fazendo recomendação de nenhuma linha de tratamento acima, expomos a título informativo e ilustrativo algumas opções encontradas no mercado da estética atual.

Afinal, como já salientado, não há consenso científico sobre os resultados desses métodos, tão pouco foi encontrada eficácia de forma permanente no tratamento da celulite.

Eles atuam de forma mais paliativa, já que não há algo definitivo até o momento quando se trata de lipodistrofia ginoide.

É importante ressaltar também que as estratégias acima, ainda que para o curto prazo, são melhor aproveitadas quando associadas a exercícios físicos e dieta adequada.

A reeducação alimentar pode auxiliar na diminuição da deposição de gordura corporal enquanto o exercício físico pode reduzir a flacidez da pele, por exemplo.

Alimente-se bem e não fique parado.

Independentemente dos impactos na celulite, sua saúde global agradece!

Qual a relação do PMMA com a celulite?

Antes de mais nada, é preciso dizer que o PMMA, ou Polimetilmetacrilato, é um preenchedor definitivo utilizado para volumização de áreas estratégicas.

Ele possui a capacidade de bioestimular a produção de colágeno de forma duradoura.

Em síntese, é utilizado em bioplastia/preenchimento definitivo para redefinição do contorno corporal é um potente agente da neocolagênese.

Diante disso, fica fácil imaginar que o ganho secundário com uso de PMMA é a melhora da flacidez da pele e com isso a redução do aspecto desagradável da celulite.

Logicamente que fazer uma associação de outros procedimentos junto ao uso de PMMA pode potencializar ainda mais a correção de aspectos da pele com lipodistrofia ginoide.

Ficou interessado em saber mais a respeito do PMMA ou Preenchimento Definitivo?

Então clique nos termos grifados acima. Preparamos textos completos nos quais abordamos em detalhes cada um desses assuntos.

Lembrando que apesar de ser um procedimento com baixo índice de complicações (menor que 1%) e ser liberado pela ANVISA, o Polimetilmetacrilato deve ser aplicado por médico com CRM ativo e válido.

Por isso, procure seu médico de confiança para mais orientações.

No entanto, se o PMMA tem potencial de proporcionar, além de volumização, a melhora dos aspectos de flacidez da pele, pode ser que tenha ficado uma pergunta na sua cabeça:

Possuo celulite, posso fazer preenchimento definitivo?

Sim, pode.

Em virtude de o preenchimento definitivo ser administrado de forma profunda, intramuscular, acaba por promover um aumento do volume no local de aplicação.

Por conseguinte, esse volume tende a reduzir a flacidez e com isso amenizar o aspecto ondulado da pele celulítica já existente.

Como prevenir o aparecimento da celulite?

A causa da celulite é multifatorial.

Isso fica cada vez mais claro para a ciência.

Somado a esse fato, quando a maioria dos tratamentos parecem não ser tão eficazes na resolução dos indesejados “furinhos”, talvez “prevenir seja melhor do que remediar” de fato.

Dessa forma, expostas as mais prováveis causas do aparecimento da lipodistrofia ginoide ao longo do texto, o que você deve fazer para preveni-la?

Com efeito, alguns hábitos saudáveis como reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas, não fumar, alimentar-se de forma apropriada, exercitar-se, reduzir estímulos pró-inflamatórios como estresse crônico e estimular a produção de colágeno, poderiam ser alternativas a se considerar.

Com toda a certeza quando falamos em celulite o assunto é complexo e rende.

No entanto, não desanime!

Em conclusão, esperamos que algumas (ou muitas) dúvidas suas tenham sido sanadas com esse texto.

Referências

ANVISA esclarece indicações do PMMA.Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA, 04, ago, 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2018/anvisa-esclarece-sobre-indicacoes-do-pmma>. Acesso em: 15, dez, 2022.

AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, S. et al. Surgical & Cosmetic Dermatology. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/2655/265519983011.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2023.

Celulite. Disponível em: <https://www.sbcd.org.br/cirurgia-dermatologica/o-que-e-cirurgia-dermatologica/para-sua-pele/celulite/>. Acesso em: 15 fev. 2023.

Dr.

Túlio Souza

Médico formado pela Universidade Federal de Santa Maria (RS) com mais de 14 anos de experiência em preenchimentos definitivos. Aprendi sobre preenchimento com os criadores da técnica no mundo: Dr. Gottfried Lemperle e Almir Nacul. Minha missão é levar procedimentos sérios e seguros aos nossos pacientes, sejam eles estéticos ou reparadores.

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