Colágeno.
Quando o assunto é estética e saúde ele é um enorme aliado.
É a molécula da vez.
Conheça aqui formas de aumentar a sua produção, os benefícios dele para o corpo e de quebra descubra uma forma de estímulo realmente duradoura.
Para isso reunimos na literatura científica algumas informações essenciais.
Quer saber mais sobre como o colágeno pode te ajudar?
Então desejamos uma boa leitura!
DESCUBRA NA LEITURA DESSE TEXTO
- O que é colágeno?
- Quais os tipos de colágeno existentes?
- E qual o melhor colágeno?
- Como a idade afeta a produção de colágeno?
- Outros fatores que podem afetar a colagênese
- Benefícios do colágeno
- Bioestimulação de colágeno
O que é colágeno?
Primeiramente, o colágeno é basicamente uma das principais e mais importantes proteínas do nosso corpo.
Só para ilustrar, estima-se que ele seja responsável por cerca de 80% do peso seco da pele.
Nesse sentido, chamado por alguns de “cola do corpo humano”, é uma substância muito presente na composição de pele, ossos, tendões e ligamentos.
Biologicamente falando, o colágeno é uma proteína fibrosa, formada por diversas cadeias peptídicas combinadas dos aminoácidos glicina, prolina, lisina, hidroxilisina, hidroxiprolina e alanina.
Dessa forma, ele possui uma função estrutural importante no corpo, juntamente com a elastina, outra substância do chamado sistema elástico do corpo.
Sem dúvida, esse sistema elástico presente no tecido conjuntivo proporciona resistência, tração e firmeza.
Elementos esses que permitem, por exemplo, ter uma pele lisinha e bem contornada.
Quais os tipos de colágeno existentes?
Antes de mais nada, quando falamos sobre tipos de colágeno, encontramos uma variedade enorme deles.
Dessa maneira, dentre os tipos de colágeno existentes focalizaremos essencialmente nos 4 principais.
O colágeno tipo I: o mais abundante no corpo humano.
Está presente na pele, ossos, ligamentos e córnea, por exemplo.
É responsável por formar feixes e fibras de colágeno nos tecidos para fornecer maior resistência.
Do mesmo modo, é opção para cuidados com a pele, cabelos e unhas.
Isto é, o tipo I ajuda na redução do aparecimento de rugas e das linhas de expressão.
O colágeno tipo II: presente principalmente nas articulações.
Primordialmente, ele auxilia a prevenir o desgaste das articulações, poupando as cartilagens que permitem o deslizamento dos ossos.
Desse modo, está presente nas cartilagens elásticas e hialinas em regiões importantes como os discos intervertebrais.
O colágeno tipo III: característico do chamado tecido conjuntivo frouxo.
Em suma, está presente em estruturas e órgãos como artéria aorta do coração, nos músculos intestinais, pulmões, útero e fígado.
Similarmente, o tipo III irá formar as chamadas fibras reticulares de colágeno.
O colágeno tipo IV: com uma função conhecida de filtração e sustentação.
Encontra-se principalmente nos rins e na cápsula do cristalino do olho.
Uma vez que foram expostos os principais tipos do colágeno, pudemos ter uma visão geral da vasta presença dele no nosso corpo, não é mesmo?
E qual o melhor colágeno?
A princípio, não existe um tipo melhor ou pior de colágeno.
Todos são essenciais para o bom funcionamento do organismo.
No entanto, em questões estéticas como na redução da flacidez de áreas como o bumbum, a exemplo, a importância de estimular a produção do colágeno do tipo I é crucial.
De nada adiantaria estimular a produção de colágeno tipo II nesse caso, já que não estamos tratando de uma articulação.
Lembre-se, quando o assunto é reposição ou estimulação colágena, sempre é recomendado que um profissional capacitado forneça as orientações adequadas ao seu objetivo.
Como a idade afeta a produção de colágeno?
Com efeito, é natural que com o passar dos anos a colagênese (produção de mais colágeno) seja reduzida.
Dessa forma, estima-se que por volta dos 30 anos de idade já iniciamos uma queda mais dramática na sua produção.
Assim sendo, isso é algo natural.
Em segundo lugar, com o avançar das décadas, a capacidade de renovação celular diminui.
De maneira idêntica, junto com ela, cai também a produção de colágeno e elastina, importantes elementos de firmeza e tonificação da pele.
Então essa pele perde elasticidade, tornando-se mais delgada e flácida.
Paralelamente, atrofia e começa a apresentar rugas finas.
Além disso, outro fator importante no aspecto visual é que o processo de envelhecimento causa perda da gordura subcutânea.
Esse fato, somado à diminuição de colágeno dérmico, gera insatisfação com o espelho e alteração da autoestima/bem-estar.
E aqui não estamos falando apenas sobre a área do rosto não!
Também são afetados por esse processo todas as áreas do corpo, como os glúteos e as coxas, por exemplo.
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Outros fatores que podem afetar a colagênese?
Surpreendentemente, não é apenas a idade que impacta na formação de mais colágeno.
Logo depois dos fatores ditos ambientais como poluição, radiação ultravioleta (cuidado com a exposição solar sem a devida fotoproteção), tabagismo, sedentarismo e má alimentação também possuem parcela de culpa.
Diante disso, você pode estar se perguntando o que pode fazer para tentar reverter esses processos certo?
Calma.
Logo adiante traremos dicas para ajudar seu corpo a reestimular a produção desse colágeno “perdido”.
Benefícios do Colágeno
Antes de mais nada, saiba que ele é essencial em quase todas as estruturas do nosso corpo.
Em linhas mais gerais, ele pode nos fornecer benefícios que talvez você não conheça:
- Maior integridade óssea, prevenindo doenças como osteoartrite e osteosporose
- Previne desgaste das cartilagens articulares
- Promove elasticidade e firmeza da pele
- Colabora na estrutura dos vasos sanguíneos, podendo auxiliar na prevenção de hipertensão
- Protege a mucosa gástrica contra úlceras.
- Melhora os processos de cicatrização
A ideia aqui é que você entenda, ainda que brevemente, que a estimulação da produção de colágeno vai muito além dos benefícios estéticos que ela proporciona.
Agora sim, é chegada a hora de tratarmos a respeito de algumas formas de estimular a formação dessa substância “quase mágica”.
Bioestimulação de Colágeno
Uma maneira interessante de contornar a diminuição do colágeno e bioestimular sua produção é por meio de preenchedores.
Dentro da categoria dos preenchedores, destacamos dois:
PMMA
O PMMA, ou Polimetilmetacrilato, é um preenchedor definitivo.
Utilizado há décadas na medicina, é conhecido pela sua versatilidade.
É implantado de maneira profunda dentro da musculatura, o que permite o estímulo à produção do novo colágeno de forma duradoura e permanente.
Como consequência promove um aumento volumétrico na região de aplicação, redefinindo o contorno corporal.
Tem ainda como ganhos secundários a melhora da flacidez e da temida celulite.
Sim! O colágeno é um belo aliado contra a celulite!
E o PMMA pode te auxiliar nisso sem a necessidade de novas aplicações.
Por exemplo, você sabia que uma utilização bem interessante do PMMA para estimulação do colágeno é na região glútea?
Interessante, não?
Dito isso, é importante ressaltar para quem ainda tem dúvidas:
O PMMA é um produto liberado pela Anvisa, com baixo índice de complicações.
É um produto de uso exclusivo de médico com CRM ativo.
Aqui você encontra um texto inteirinho que criamos para você ficar mais informado sobre ele.
Na dúvida procure um profissional para maiores esclarecimentos.
Ácido Hialurônico
O Ácido Hialurônico é uma substância bem conhecida por muitos.
É um polissacarídeo estrutural, um tipo de açúcar chamado glicosaminoglicano, que compõe a matriz extracelular, da qual também fazem parte as proteínas de colágeno e elastina.
É naturalmente produzido pelo corpo e também decai com o passar dos anos.
Utilizado largamente em cosméticos que previnem os sinais do envelhecimento.
Atualmente é muito utilizado como substância preenchedora em preenchimentos temporários.
Ele possui um efeito de estímulo à produção de colágeno e um alto poder de hidratação da pele.
O Ácido Hialurônico, apesar da sua importância, pode ter algumas limitações.
O motivo disso?
Seu efeito é temporário, em torno de 1-2 anos, ao contrário do PMMA, que tem efeito permanente.
Para definir qual a melhor opção para o seu caso, procure um profissional qualificado.
Outras formas coadjuvantes que podem auxiliar na bioestimulação
Atividade física
Para a surpresa de muitos, a atividade física pode sim colaborar com a bioestimulação de colágeno.
Segundo a Dra. Patrícia Mafra, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia em entrevista concedida ao portal RG:
“Com o movimento durante os exercícios, ocorre uma constante renovação, fortalecimento e regeneração de estruturas que dão tonicidade para a pele, reduzindo o risco de flacidez ou o aparecimento de rugas. Colágeno e elastina são constantemente produzidos, assim a pele fica mais firme e elástica”, explica.
Dessa forma, você pode sim fazer da prática de exercícios uma boa amiga nessa caminhada.
Caso você queira mais informações sobre como a prática de atividade física pode te ajudar nesse processo e em outras questões, clique aqui.
Suplementos
A utilização de suplementação para reposição de colágeno é um fator de controvérsia.
Inicialmente é válido ressaltar que possuímos o colágeno hidrolisado (tipo I) e o não-hidrolisado (tipo II).
Parte da literatura científica aponta benefícios do uso dessa forma suplementada e outra parte rechaça essa alternativa.
Diante disso, a primeira corrente sustenta impactos positivos na saúde óssea e cartilaginosa na terapêutica de doenças como osteoporose e osteoartrite (PORFIRIO, 2016), por exemplo.
Nesse sentido, em uma correlação positiva, um estudo publicado no Journal of Drugs in Dermatology, analisou o mérito sobre a suplementação colágena no tratamento dermatológico antienvelhecimento.
A Dra. Marcella Garcez Duarte, médica nutróloga da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) em entrevista concedida para a referida entidade de Nutrologia afirma:
“Os resultados preliminares apontam que o uso de suplementos orais de colágeno em curto e longo prazo são benéficos tanto para a cicatrização de feridas quanto no combate ao envelhecimento da pele”, comenta a médica.
Quem é contrário a essa adesão advoga que o colágeno será degradado em aminoácidos ao ser digerido e muito pouco dele terá a biodisponibilidade necessária para aproveitamento.
Importante: apesar do consumo de colágeno ser liberado pela ANVISA e considerado seguro, o ideal é procurar um profissional para prescrever ou não a necessidade dele.
Apresentaremos no tópico abaixo algumas informações sobre o principal produto suplementar comercializado atualmente para reposição oral de colágeno: a forma hidrolisada.
E o que é o colágeno hidrolisado?
O colágeno hidrolisado foi criado para ser absorvido mais rapidamente pelo organismo em comparação ao produto tradicional.
Essa forma apresentada como peptídeos de colágeno tenta vencer a dificuldade da substância em ser absorvida devido ao seu alto peso molecular.
É um suplemento alimentar desenvolvido a partir da cartilagem bovina para tentar repor as proteínas perdidas pelo corpo ao longo do tempo.
Geralmente apresentado na forma em pó ou solúvel tem sido muito utilizado pelos adeptos da corrente positiva do uso de suplementos para reposição colágena.
Qual o papel da vitamina C?
A Vitamina C (ácido ascórbico) possui um papel essencial na via da colagênese.
Ela é importante na hidroxilação de lisina e prolina para a conversão do chamado pró-colágeno, produzido pelos fibroblastos, em colágeno como o conhecemos, ou cientificamente falando, o tropocolágeno.
Por isso é tão comum o uso de séruns ricos em Vitamina C, por exemplo, já que também é um excelente antioxidante contra os radicais livres, além de estimular o colágeno dérmico.
Essa vitamina pode ser absorvida tanto por via oral quanto cutânea.
A seguir apresentamos uma lista de alimentos ricos em Vitamina C que auxiliam na melhora do colágeno.
Alimentos ricos em colágeno
A via alimentar também pode ser uma forma coadjuvante na busca por maior produção colágena.
Dentre os principais alimentos já descritos como potencializadores pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) estão:
- Gelatina
- Pé de frango
- Tutano de Boi.
Se você é ovolactovegetariano, vegetariano ou vegano, calma!
Temos opções para você também.
Listamos alguns alimentos ricos em vitamina C (que auxiliam na hidroxilação durante a colagênese):
- Frutas cítricas como laranja, limão, toranja, lima.
- Tomate, pimentão vermelho, frutas vermelhas no geral
- Folhas verdes escuras, brócolis
Ainda temos como outras opções:
- Feijão
- Clara de ovos
Esses são apenas alguns alimentos relacionados com a colagênese.
Para melhor orientar o tipo de dieta ideal, é válido procurar um profissional nutricionista.
Como você pode ver, são várias as opções na busca por mais colágeno.
Cabe a você agora decidir qual a melhor forma para atingir seus objetivos.
O desejo de realizar uma bioestimulação temporária ou permanente, com o uso ou não de coadjuvantes como alimentação, suplementação e atividade física são questões a serem consideradas.
Para isso procure um especialista para melhores orientações.
Referências
AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017
CHOI, F. D. et al. Oral Collagen Supplementation: A Systematic Review of Dermatological Applications. Journal of drugs in dermatology: JDD, v. 18, n. 1, p. 9–16, 1 jan. 2019.
Conheça 15 alimentos ricos em colágeno | QBemQFaz. Disponível em: <https://qbemqfaz.com.br/alimentacao/alimentos-ricos-em-colageno>. Acesso em: 4 fev. 2023.
Ministério da Saúde -MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária -ANVISA. [s.l: s.n.]. Disponível em:<http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/6254004/IN_102_2021_.pdf/855785e7-43cc-438b-aa6a-7893e26afdd2>.
RG, R. Exercícios físicos ajudam a aumentar a produção de colágeno da pele. Disponível em: <https://siterg.uol.com.br/beleza/2021/08/09/exercicios-fisicos-ajudam-a-aumentar-a-producao-de-colageno-da-pele/>. Acesso em: 4 fev. 2023.
Suplementos com colágeno funcionam? – ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia. Disponível em: <https://abran.org.br/2019/03/01/suplementos-com-colageno-funcionam/>. Acesso em: 4 fev. 2023.
Tomar colágeno: faz bem, funciona, rejuvenesce ou é necessário? – SBD-RESP. Disponível em: <https://www.sbd-sp.org.br/geral/tomar-colageno/>. Acesso em: 4 fev. 2023.
