A pele, além de seu papel biológico de proteção, desempenha um papel fundamental na construção da autoestima e na percepção da própria imagem.
Em tempos de mídias sociais e enaltecimento das aparências, os cuidados com a pele vão além de uma questão apenas de vaidade. Há também a relação direta e proporcional com o bem-estar emocional.
Problemas de pele ou a percepção de uma pele mal cuidada, podem impactar negativamente a saúde emocional. Picardi et al. (2005) publicou um estudo no periódico “Archives of Dermatology” indicando que distúrbios dermatológicos, como acne, vitiligo, psoríase e eczema, estão correlacionados com um aumento na prevalência de ansiedade e depressão.
A relação inversa também é verdadeira. Quadros emocionais como o estresse crônico, ansiedade e depressão são gatilhos para o desencadeamento ou o agravamento de doenças de pele. Isso pode levar a um ciclo contínuo de baixa autoestima e desânimo.
Chiu et al. (2017) na revista “Psychological Medicine”, já destacavam de forma evidente a relação entre o estresse psicológico e o agravamento de condições dermatológicas, como a dermatite atópica e a psoríase, por exemplo.
E o outro lado da moeda em relação à pele e ao bem-estar?
Por outro lado, a percepção de uma pele bem cuidada e hidratada traz um efeito positivo na sensação de bem estar e elevação da autoestima.
Kim et al. (2007) explorou os efeitos positivos do uso de produtos de cuidados cutâneos na redução do estresse em mulheres.
O ato de cuidar da pele, e observar os resultados diante do espelho ou através de elogios, proporciona não apenas benefícios psicológicos positivos como também físicos.
Dessa forma, constroi-se um ambiente propício para que a pessoa esteja sempre motivada a manter uma rotina de cuidados com o corpo e com a pele.
A autoestima elevada está relacionada a uma maior aprovação de si mesmo, proporcionando força, ânimo, motivação e autoaceitação. Gera-se assim um conjunto de sentimentos e pensamentos positivos que influenciam o humor humor e a forma como se encara o dia-a-dia.
Pessoas que se adaptam a uma rotina diária de cuidados com a pele, como o uso do protetor solar diariamente, aplicação de hidratante após o banho, visitas rotineiras ao dermatologista, geralmente são pessoas motivadas e que, de alguma forma, sabem que isso é importante para seu bem estar físico e emocional.
Em síntese, a relação entre a pele, bem-estar emocional e autoestima é inegável e se influenciam mutuamente. Sua cútis pode ser o reflexo da sua saúde mental. Se você ainda não sabe por onde começar, procure seu dermatologista, afinal, pele saudável, mente saudável!