Ao longo da história da medicina, substâncias inovadoras como o PMMA têm desempenhado papéis fundamentais não apenas na busca pela beleza, mas também na restauração da saúde e na melhoria da qualidade de vida.
Entre essas substâncias, o PMMA (Polimetilmetacrilato) destaca-se como uma ferramenta versátil e eficaz não apenas para procedimentos estéticos, mas também na Bioplastia Reparadora.
Neste artigo, exploraremos a evolução do uso do PMMA na medicina, sua aplicação na Bioplastia Reparadora e como ele tem sido um aliado em situações complexas, devolvendo não apenas a forma, mas também a autoestima aos pacientes.
DESCUBRA NA LEITURA DESSE TEXTO
- PMMA é chave também na Bioplastia reparadora
- Quais as principais situações em que o PMMA pode participar com função reparadora?
- Mais do que reparação, o PMMA devolve autoestima
PMMA é chave também na Bioplastia reparadora
O PMMA tem sido utilizado na medicina desde meados do século XX, inicialmente como material de sutura óssea e, posteriormente, para a fabricação de próteses ortopédicas e odontológicas.
Sua composição durável e biocompatível logo despertou o interesse dos médicos em explorar suas aplicações além das áreas inicialmente contempladas. Foi nesse caminho que Lamperle começou a exploração do uso do Polimetilmetacrilato para uso estético, obtendo sucesso na empreitada.
Desde então o material foi sendo aprimorado exponencialmente e conquistou sua utilização tanto na Bioplastia estética quanto reparadora.
Assim, a Bioplastia Reparadora é uma vertente da estética médica que utiliza materiais como o PMMA para corrigir defeitos ou disfunções no corpo humano.
Diferentemente da Bioplastia Estética, que se concentra principalmente na melhoria da aparência, a Bioplastia Reparadora visa restaurar a função e a forma do corpo, muitas vezes após traumas, condições congênitas ou complicações de saúde.
Traremos a seguir as principais situações em que o PMMA pode performar como escolha para o reparo corporal. Acompanhe…
Quais as principais situações em que o PMMA pode participar com função reparadora?
Antes de mais nada, elencaremos agora algumas das principais condições em que o uso do Polimetilmetacrilato pode beneficiar os pacientes, devolvendo tanto o aspecto estético quanto funcional:
Síndrome de Poland: Esta condição congênita, caracterizada pela ausência parcial ou total dos músculos do peito, pode causar deformidades significativas na região torácica. O PMMA é frequentemente utilizado para reconstruir a parede torácica, restaurando a simetria.
Lipodistrofia por HIV: Alguns medicamentos antirretrovirais utilizados no tratamento do HIV podem levar à lipodistrofia, uma redistribuição anormal de gordura corporal que pode resultar em perda de volume facial e corporal. A aplicação de PMMA em áreas afetadas pode restaurar o volume perdido, melhorando a aparência e a autoconfiança dos pacientes.
Pós-bariátrica: o PMMA é muito utilizado para repor volumes musculares em pacientes que tiveram perda excessiva de peso e ficaram com flacidez extrema, seja por cirurgia bariátrica ou outra condição.
Agenesias: A ausência congênita de órgãos ou estruturas corporais, como orelhas ou mandíbulas, pode ser corrigida com a utilização de implantes de PMMA, que proporcionam uma solução duradoura e esteticamente satisfatória.
Além disso:
Assimetrias Panturrilhas: Algumas pessoas sofrem com a assimetria nas panturrilhas, o que pode afetar a mobilidade e a autoestima. O PMMA pode ser utilizado para corrigir essas assimetrias, restaurando não apenas a forma, mas também o equilíbrio funcional das pernas.
Perda de músculos por traumas/acidentes: o PMMA pode ter o poder de revolumizar áreas que não contém mais musculatura devido a eventos traumáticos como acidentes ou lesões graves que tenham causado deformação muscular. As mais comuns: lesões por arma de fogo ou facas, deformações em acidentes de carro, entre outros.
Micrognatia: é uma má formação caracterizada pelo tamanho reduzido do queixo, ou seja, mandíbula menor que o normal. O PMMA pode ajudar a equilibrar essa região.
Síndrome de Treacher Collins: Esta é uma condição genética rara que afeta o desenvolvimento craniofacial, resultando em características faciais distintas, como mandíbula subdesenvolvida, olhos inclinados para baixo e orelhas malformadas. O PMMA pode ser usado para reconstruir partes do rosto afetadas por essa síndrome.
Interessante, não é mesmo? Está vendo como o PMMA possui uma utilização muito além do que se imagina na medicina?
Mais do que reparação, o PMMA devolve autoestima
Primeiramente, além de corrigir deformidades físicas e disfunções corporais, a Bioplastia Reparadora com PMMA tem um impacto significativo na saúde mental e emocional dos pacientes.
A recuperação da autoestima e da confiança em si mesmo é um aspecto crucial desse tipo de intervenção médica. Muitos pacientes que passam por procedimentos de Bioplastia Reparadora relatam uma melhoria significativa em sua qualidade de vida, podendo retomar atividades do dia a dia com maior segurança e satisfação.
O PMMA é muito mais do que um material utilizado em procedimentos estéticos. Na forma de Bioplastia Reparadora, ele se torna uma ferramenta poderosa na reconstrução e na restauração do corpo humano, proporcionando não apenas melhorias físicas, mas também emocionais.
Ao devolver a forma, a função e a autoestima aos pacientes, a Bioplastia Reparadora com PMMA destaca-se como uma importante área da medicina que continua a evoluir e a transformar vidas.
Se você está enfrentando uma condição que possa se beneficiar da Bioplastia Reparadora, não hesite em procurar um médico qualificado para saber mais sobre suas opções de tratamento.
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Referências
BLANCO SOUZA, Túlio Armanini, Colomé, LM, Bender, EA et al.Recomendação do Consenso Brasileiro sobre o Uso do Preenchimento de Polimetilmetacrilato na Estética Facial e Corporal.Aesth Plast Surg42, 1244-1251 (2018). Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s00266-018-1167-1>. Acesso em: 09 junho, 2024.
MILHOMEM, Anália Cirqueira, et al. “Polymethyl Methacrylate (PMMA) in thE Treatment of a Case of Hemifacial Microsomia.” Aesthetic Surgery Journal. Open Forum, vol. 2, no. 1, 23 Jan. 2020, p. ojaa002. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7780458/, https://doi.org/10.1093/asjof/ojaa002 . Acesso em 12 jun. 2024.
NÁCUL, Dr. Almir. Bioplasty, the Interactive Plastic Surgery: How a physician must advise his patients. Editora Quintessence, 1 jan. 2018.