Em um mundo onde a tecnologia médica avança rapidamente, surge a pergunta inevitável: existem procedimentos médicos verdadeiramente isentos de risco?
Este texto explorará essa questão com profundidade, abordando os diferentes tipos de procedimentos, os riscos associados aos métodos minimamente invasivos e a importância de critérios rigorosos para minimizar esses riscos.
A resposta, embora complexa, revela nuances importantes sobre os avanços da medicina, os critérios de segurança e a mitigação dos riscos tanto a nível individual quanto da infraestrutura de saúde.
Vamos nessa? Boa leitura!
DESCUBRA NA LEITURA DESSE TEXTO
- Afinal, existe algum procedimento médico isento de risco?
- Procedimentos Minimamente Invasivos: menos invasão, menos risco?
- A importância de minimizar o risco a partir de critérios bem definidos
Afinal, existe algum procedimento médico isento de risco?
Quando se trata de cuidados médicos, é essencial entender que todo procedimento possui algum nível de risco associado.
Desde os exames mais simples até as cirurgias mais complexas, fatores como a saúde prévia do paciente, a habilidade dos profissionais envolvidos e até mesmo imprevistos durante o procedimento podem influenciar os resultados e a segurança do paciente.
Afinal, nenhum procedimento médico está completamente isento de risco, há sempre algum grau de risco envolvido, é preciso que isso fiquem bem claro. No entanto, a evolução da medicina trouxe consigo técnicas mais seguras e menos invasivas, diminuindo significativamente os riscos associados a muitos procedimentos.
Procedimentos Médicos e Seus Riscos Inerentes:
- Exames Diagnósticos e Riscos Mínimos: Exames como análises de sangue e exames de imagem são comumente considerados de baixo risco. No entanto, mesmo esses procedimentos podem apresentar riscos, como reações alérgicas a contrastes ou problemas técnicos que podem levar a resultados incorretos.
- Cirurgias e Intervenções Complexas: Cirurgias, por sua natureza invasiva, apresentam riscos mais significativos. Complicações como infecções, sangramentos e reações adversas a anestesias podem ocorrer, mesmo em procedimentos planejados e executados por profissionais experientes.
- Procedimentos minimamente invasivos: objeto do nosso próximo tópico neste texto, merecem destaque especial, pois, apesar de uma menor intervenção no corpo do paciente, alguns fatores individuais podem elevar ou reduzir os riscos associados a essa modalidade.
Posto isso, sabemos que há uma série de fatores tanto subjetivos (do próprio paciente) como objetivos (do profissional, do local de realização e da técnica utilizada) que irão colaborar de modo sinérgico para o desfecho da intervenção.
É por esse motivo que a Medicina não é uma ciência exata, mas sim uma ciência biológica, e é justamente aí que reside a beleza e o desafio do fazer médico.
Dessa forma, é importantíssimo que o seu médico de confiança ofereça uma visão clara e sincera do seu caso, explicando em detalhes tudo que irá transcorrer no seu procedimento, os riscos associados e as medidas tomadas para minimizá-los.
Procedimentos Minimamente Invasivos: menos invasão, menos risco?
Os procedimentos minimamente invasivos revolucionaram a medicina, oferecendo alternativas menos traumáticas e com recuperação mais rápida para muitos pacientes.
Exemplos incluem laparoscopias, procedimentos endoscópicos, técnicas guiadas por imagem e preenchimentos faciais e corporais. Embora essas abordagens sejam geralmente mais seguras que as cirurgias abertas tradicionais, elas não são isentas de riscos.
Há uma crença difundida de que os procedimentos minimamente invasivos são isentos de risco e hoje são feitos de qualquer forma até mesmo em locais inapropriados e sem licença para a realização.
Riscos Associados aos Procedimentos Minimamente Invasivos: Embora menos invasivos, esses procedimentos podem ainda causar complicações. Por exemplo, uma laparoscopia pode resultar em danos acidentais a órgãos adjacentes, e um procedimento endoscópico pode causar perfurações. Além disso, reações adversas a anestésicos ou materiais utilizados também são possíveis.
Tecnologia e Segurança: A utilização de tecnologia avançada é fundamental para mitigar esses riscos. Equipamentos de imagem de alta resolução, instrumentos cirúrgicos precisos e técnicas aprimoradas de monitoramento são aspectos que ajudam a minimizar erros e aumentar a segurança durante esses procedimentos.
Por exemplo, a cirurgia de lifting facial foi de certa forma perdendo espaço para a harmonização facial e uso de bioestimuladores (fios, estimuladores de colágeno, etc…). Contudo, esses procedimentos, apesar de possuírem uma técnica muito menos invasiva, ainda assim trazem riscos consigo e merecem atenção na hora da realização. Ok?
Não é um mundo de vilões e mocinhos, mas de uma decisão consciente a partir de critérios de segurança bem definidos, objeto do tópico a seguir, confira!
A importância de minimizar o risco a partir de critérios bem definidos
Para garantir a segurança dos pacientes, é essencial seguir critérios bem definidos ao realizar qualquer procedimento médico:
- Avaliação Completa do Paciente: Uma avaliação detalhada da saúde do paciente antes do procedimento é crucial. Isso inclui histórico médico completo, exames físicos abrangentes e, em alguns casos, consultas com especialistas adicionais para avaliação de riscos específicos.
- Treinamento e Experiência dos Profissionais: Profissionais de saúde bem treinados e experientes são essenciais para executar procedimentos com segurança. O conhecimento técnico aliado à experiência prática ajuda a identificar e manejar qualquer complicação que possa surgir durante ou após o procedimento.
- Uso de Protocolos de Segurança: A implementação de protocolos rigorosos de segurança, incluindo a esterilização adequada de equipamentos, a administração cuidadosa de medicamentos e o monitoramento contínuo do paciente durante o procedimento, são fundamentais para reduzir riscos.
Embora não exista procedimento médico completamente isento de risco, os avanços na tecnologia e nos protocolos de segurança têm permitido reduzir significativamente os riscos associados aos tratamentos modernos.
Pacientes e profissionais de saúde devem colaborar para entender e minimizar esses riscos, garantindo que os benefícios dos procedimentos superem os possíveis efeitos adversos.
Em última análise, a educação contínua e a conscientização sobre os riscos e benefícios de cada procedimento são fundamentais para uma tomada de decisão informada e segura.
Um recado final sobre o risco de qualquer intervenção:
Ao explorar opções de tratamento, é essencial que os pacientes discutam todas as preocupações com seu médico de confiança e estejam bem informados sobre o que esperar antes, durante e após o procedimento médico.
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Esperamos que esse texto tenha feito você refletir sobre a importância de contar com profissionais experientes, éticos e cientes dos riscos inerentes a cada procedimento médico. Pois é a partir disso que poderá ser feita uma boa gestão dos riscos adjacentes a qualquer intervenção.
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Referências
BLANCO SOUZA, Túlio Armanini, Colomé, LM, Bender, EA et al.Recomendação do Consenso Brasileiro sobre o Uso do Preenchimento de Polimetilmetacrilato na Estética Facial e Corporal.Aesth Plast Surg42, 1244-1251 (2018). Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s00266-018-1167-1>. Acesso em: 06 jul, 2024.
NÁCUL, Dr. Almir. Bioplasty, the Interactive Plastic Surgery: How a physician must advise his patients. Editora Quintessence, 1 jan. 2018.
